terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Fumando cigarro, esfumaçando todo o bar, olhava o vendaval, coisas rodopiavam no ar, o chocolate sentia maças, o vento sentia homens, nas tardes de uma Madrid que só existia no chocolate quente, esse era um daqueles momentos, onde ela podia sentir o que não via, o cheiro original do seu corpo, o cheiro do anus, o cheiro entre os seios que ela lava todos os dias, ela vai ao banheiro, se corresponde com o batom, amassa entre os lábios, estica, olha para janela do quarto, para as roupas do varal improvisado dentro do mesmo, para ela o vendaval dura dias, pega o cigarro acende, não para, ai ela pode pensar em usar, vestido cor de abóbora ou com desenhos de rodelas de kiwi, sapatos longos, botas, acompanhada por duas malas, sem alça para segurar embaixo do braço, e decidir morar em jardim de outono, só assim Jamili poderá dormir entre as folhas

2 comentários:

Anônimo disse...

por deus, você e helinho falando de cigarros...não posso com tanta fumaça...

filipei damov

Anônimo disse...

Tô ansioso para ler o livro Alex.
Ricardo Steil - Itajaí/SC